O NIPT, ou Teste Pré-Natal Não Invasivo é um exame de triagem que detecta, ainda na gestação e através de uma amostra de sangue materno, se o bebê apresenta algumas das principais síndromes genéticas, além de determinar o sexo fetal.
É seguro, preciso e não invasivo, não oferecendo risco à saúde da mamãe e do bebê, e pode ser feito a partir das 9 (nove) semanas de gestação, mediante orientação do médico responsável.
Até recentemente, o rastreio não invasivo de anomalias cromossômicas no período pré-natal era realizado somente com ultrassonografia combinada à triagem bioquímica no soro materno, mas os avanços tecnológicos na análise de DNA permitiram desenvolver exames de triagem pré-natal como o NIPT que, devido ao seu alto grau de assertividade, reduz também a necessidade da realização de outros exames invasivos.
NIPT Básico
Sexagem Fetal
Pesquisa as principais doenças cromossômicas:
Síndrome de Down - Trissomia do Cromossomo 21
Síndrome de Edwards - Trissomia do Cromossomo 18
Síndrome de Patau - Trissomia do cromossomo 13
Monossomia do Cromossomo X
NIPT Expandido
Sexagem Fetal
Painel abrangente de aneuploidias - Trissomias do 21, 18 e 13
Monossomia do Cromossomo X
Microdeleções cromossômicas (a partir da 9ª semana de gestação)
Síndrome da Deleção 22q11.2 e 1p36
Síndrome DiGeorge
Síndrome de Algelman
Síndrome de Cri-du-chat
Síndrome de Prader-Willi
Sexagem Fetal é um exame para a determinação do sexo do bebê a partir de uma amostra de sangue materno. É realizada a pesquisa do cromossomo Y circulante no plasma da mãe. Como os cromossomos Y são exclusivos de indivíduos do sexto masculino, a presença de fragmentos CrY no sangue da mãe indica uma gestação do sexo masculino. Por sua vez, a sua ausência indica gestação do sexo feminino.
O teste é seguro e apresenta sensibilidade superior a 99% a partir da 8ª semana completa da gravidez. No exame de ultrassom, por exemplo, somente a partir da 13ª semana é possível alcançar uma sensibilidade elevada para identificação do sexo.
No caso de uma gestação gemelar, o exame de sangue fetal consegue identificar ambos os sexos na gestação monozigótica (gêmeos univitelinos), pois ambos compartilham o mesmo sexo. Para gêmeos bivitelinos (presença de duas placentas) com resultado masculino, o exame indica presença de pelo menos um menino, não sendo possível esclarecer o sexo do outro feto. A ausência do cromossomo Y indica que ambos os sexos são femininos.O sequenciamento completo dos Genes BRCA1 e BRCA2 tem como objetivo detectar variantes e classificá-las de acordo com o potencial de patogenicidade, ou seja, capacidade de causar o câncer.
O teste de BRCA1 e BRCA2 detecta mutações específicas herdadas, sendo indicado para pacientes com histórico pessoal ou familiar (parentes da primeira até a terceira geração) de câncer no ovário, câncer de mama, câncer de pâncreas ou ancestralidade judaica asquenazes. Juntas, mutações no BRCA1 e BRCA2 são responsáveis por 20 a 25% dos casos de câncer de mama hereditário e entre 5 a 10% de todos os casos da doença.A translocação t(9;22) é encontrada em cerca de 95% dos pacientes com Leucemia Mielóide Crônica (LMC) e em 5% a 25% dos pacientes com Leucemias Linfóides Agudas (LLA). A translocação resulta na formação do gene quimérico BCR-ABL. O cromossomo 22 translocado recebe o nome de “cromossomo Philadelphia”. Dependendo da região da quebra cromossômica, podem ser formados os transcritos híbridos P210 BCR-ABL (b3a2 e b2a2) ou P190 BCR-ABL (e1a2), sendo o segundo detectado em 1% dos afetados. A proteína quimérica BCR-ABL tem atividade de tirosina quinase constitutiva que estimula o crescimento celular, resultando no aumento do número de células sanguíneas e no desenvolvimento de doenças mieloproliferativas. Embora o diagnóstico da doença possa ser realizado por técnicas de citogenética clássica (FISH ou cariótipo), recomenda-se a realização a do exame quantificação do RNA mensageiro da translocação BCR-ABL pela técnica de PCR em tempo real, para acompanhamento e monitoramento da progressão da doença.
A biopsia líquida é uma grande aliada para o monitoramento do tratamento oncológico. Sua aplicação não substitui a biópsia convencional para diagnóstico inicial do câncer, porém, realizada a partir de uma simples coleta de sangue, a sofisticada análise molecular que se sucede permite detectar estruturas oriundas de DNA tumorais permitindo que se tenha identificação de reincidência de tumores de forma muito precoce, antes mesmo dos testes convencionalmente utilizados. Dessa forma, protocolos de tratamento podem ser implementados em fase inicial, o que representa maior sucesso para a terapia. Os ganhos extrapolam os benefícios de se ter um “diagnóstico” precoce evitando procedimentos invasivos, caros, que demandam maior prazo para os resultados, pois o método de biopsia líquida permite liberar os resultados em um prazo médio de 5 dias.
Um grande diferencial do método é ser capaz de gerar informações ao médico sobre a terapia-alvo, ou seja, auxilia na escolha da droga mais adequada para combater a mutação genética associada à resistência da célula tumoral.
Consiste em detectar deleções ou duplicações de um amplo espectro de regiões clinicamente significativas do genoma humano. O exame detecta virtualmente todas as síndromes de microdeleção e microduplicação definidas citogeneticamente, transtorno do espectro do autismo e anomalias congênitas múltiplas.
A interpretação dos resultados requer profissionais altamente qualificados, uma vez que muitas das alterações detectadas representam variações de número de cópias sem significado clínico ou de significado clínico desconhecido. Quando necessárias, outras tecnologias deverão ser utilizadas para a complementação do diagnóstico.
Orientações para a solicitação do teste de CGH-Array: O pedido médico deverá citar a metodologia, os dados clínicos do paciente e/ou a suspeita clínica. Esses dados são imprescindíveis para a interpretação do resultado e para determinar se o achado cromossômico é responsável ou não pelo quadro clínico do paciente.
A análise genômica por sequenciamento do exoma é a mais recente revolução genética. Este é um exame laboratorial eficiente para identificar causas genéticas de doenças ou deficiências.
É um teste que a realiza o sequenciamento completo do exoma, ou seja, analisa todas as regiões codificadoras do genoma.
Os dados do sequenciamento podem ser analisados novamente no futuro. Um paciente sem diagnóstico conclusivo na primeira análise pode ser diagnosticado em uma reanálise, pois uma variante classificada inicialmente como VOUS pode ser reclassificada como patogênica na época da reanálise; ou um gene que não era associado a um fenótipo na época da primeira análise pode, depois, ter sido associado a uma doença.
Consiste no estudo da constituição cromossômica com identificação dos cromossomos de acordo com suas características. As anormalidades podem corresponder a doenças genéticas frequentes e responsáveis por morte, abortamento espontâneo ou diminuição da qualidade de vida. Diagnóstico de anomalia cromossômica; anomalias congênitas múltiplas (malformações) e/ou atraso do crescimento e psicomotor; alterações da diferenciação sexual; amenorréia primária; retardo puberal; abortos múltiplos e infertilidade, entre outros. O diagnóstico precoce pode permitir a abordagem terapêutica precoce, a identificação de parentes afetados pré-sintomáticos e fornece a possibilidade de aconselhamento genético dos progenitores.
O Fator V Leiden e a mutação no gene da protrombina estão associados ao risco de Trombose venosa, já a mutação no gene da Metilenotetrahidrofolato Redutase está associada ao aumento do risco de doença coronariana e ao aumento dos níveis de homocisteína. O termo trombofilia define a predisposição a trombose, devido a fatores genéticos e adquiridos. O Fator V Leiden resulta na resistência do FV a clivagem pela proteína C ativada, aumentando o risco de eventos vasoclusivos venosos, em portadores em homozigose ou heterozigose dessa mutação. Os pacientes heterozigotos possuem um risco trombótico sete vezes maior e os homozigotos até 80% maior do que indivíduos controle. Os eventos trombóticos relacionados a esta mutação são comumente de origem venosa, acometendo principalmente vasos profundos de membros inferiores e, menos frequentemente, o sistema porta, veias superficiais e cerebrais. A mutação G20210A no gene da Protrombina acarreta elevação nos níveis plasmáticos desta proteína na ordem de 30%, resultando na formação aumentada de trombina e consequente coagulação exarcebada, com risco aumentado para trombose venosa, cerca de 3 vezes em comparação a população em geral. Este polimorfismo também predispõe à embolia pulmonar e trombose venosa cerebral, sendo que alguns autores sugerem também um risco de trombose arterial. A variante termolábil da metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR) e uma responsável genética pela deficiente conversão de homocisteína em cistationina, causando a hiperhomocisteinemia. Isto constitui fator de risco isolado para doenças vasculares, incluindo a doença arterial coronariana, o tromboembolismo venoso e arterial e o acidente cerebral vascular. Estudos de meta-análise reforçam a importância da hiperhomocisteinemia como fator de risco para o tromboembolismo venoso. Em suma, a presença isolada ou em conjunto destes polimorfismos deve ser vista como um fator predisponente a trombofilia e deve direcionar o individuo portador a medidas de prevenção.
A metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR) catalisa a conversão de metilenotetrahidrofolato em metiltetrahidrofolato, o principal doador de metil para a conversão de homocisteína em metionina. Esta reação é necessária para o processo de vários passos que converte a homocisteína aminoácido em outro aminoácido de metionina, importante para a produção de proteinas.
Dois polimorfismos mais comuns as mutações 677C>T (p.Ala222Val) e 1298A>C (p.Glu429Ala) ambos alterações missense resulta em uma enzima com atividade reduzida, que é vinculada aos maiores níveis plasmáticos de homocisteína. E solicitado para avaliação clínica da atividade enzimática reduzida, doença cardíaca coronariana e perda de gravidez recorrente.
Estudos recentes de metanálises têm contestado a associação entre hiper-homocisteinemia e risco de doença coronariana e entre o estado do polimorfismo de MTHFR e o risco de tromboembolismo venoso.
Existe uma evidência crescente de que o polimorfismo MTHFR tem uma utilidade clinica mínima e, portanto, deve ser avaliado com cautela.
É um inibidor do ativador de plasminogênio tipo 1 (PAI-1) e tem sido reportado como resultado de elevada expressão do gene PAI-1.
A presença do alelo 4G está associada ao risco aumentado de infarto do miocárdio, uma vez que inibe a fibrinólise e pode exacerbar lesões teciduais. Altas concentrações de PAI-1 foram encontradas em mulheres com aborto precoce de causa desconhecida, visto que a fibrinólise prejudicada promove a deposição de fibrina na circulação placentária.
O tromboembolismo venoso é aceito como uma doença multigênica em que múltiplos fatores genéticos concorrem para a formação do trombo. A ocorrência do evento trombótico é resultado de diversos fatores de risco e de fatores circunstanciais. Indivíduos portadores dos genótipos 4G/5G e 4G/4G, principalmente quando associados a outros fatores de risco, têm chance aumentada de apresentar eventos tromboembólicos.
Mutações em outros genes ou outras mutações no gene PAI-1 que promovam alterações hemostáticas não estão incluídas neste exame.
O HLA-B27 está fortemente associado a várias doenças reumáticas como, por exemplo, espondilite anquilosante - EA, que afeta a coluna espinhal e as articulações sacroilíaca e periféricas, Síndrome de Reiter, uveíte anterior aguda, entre outras.
O exame para espondilite anquilosante – EA é atualmente realizado por meio da detecção do alelo HLA-B27 em pacientes que apresentam sintomas clínicos característicos da doença, uma vez que 90% das pessoas afetadas apresentam o alelo. Além disso, o risco da doença aumenta três vezes se a pessoa HLA-B27 positivo tiver um parente de primeiro grau com EA.
A Doença Celíaca consiste numa desordem sistêmica autoimune desencadeada pela ingestão de glúten. É caracterizada pela inflamação crônica da mucosa do intestino delgado que pode resultar na atrofia das vilosidades intestinais, com consequente má absorção intestinal e suas manifestações clínicas.
Ocorre em pessoas com tendência genética à doença, e a sua predisposição pode ser avaliada atualmente por um exame não invasivo.
A utilidade clínica deste perfil genético é auxiliar o profissional de saúde a individualizar o tratamento após a avaliação clínica e constatação de suspeita da doença, sendo um importante aliado para o diagnóstico e auxílio para que a doença não avance.
Podendo variar de pessoa a pessoa, os sintomas mais comuns da doença são a diarreia crônica, anemia, vômitos, atraso no crescimento, distensão abdominal e aftas de repetição.
A lactase é a enzima da mucosa intestinal responsável pela hidrólise da lactose nos seus constituintes absorvíveis: glicose e galactose. Sabe-se que sua produção persiste durante a vida adulta em algumas pessoas e em outras não, sendo que os indivíduos que não produzem a enzima lactase são intolerantes à lactose e apresentam sintomas, principalmente intestinais, quando ingerem leite ou outros produtos que contenham lactose.
O início e a extensão dos sintomas são variáveis dependendo de fatores ambientais e epigenéticos, mas alguns podem ser citados: distensão e dores abdominais, flatulência, diarreia crônica, síndrome do intestino irritável e mudanças no perfil da flora intestinal, doenças crônicas associadas como infecções de repetição de amigdalite, otite, doenças respiratórias, doenças autoimunes, alterações no crescimento e na maturação óssea, alterações da microbiota e doenças metabólicas.
Diferentemente de outros exames disponíveis, este teste é rápido, não necessita jejum e não causa o desconforto da ingestão de uma sobrecarga de lactose.
É a doença autossômica recessiva mais comum em eurodescendentes. A patologia dessa doença envolve o trato respiratório, o trato gastro-intestinal, o trato gênito-urinário e as glândulas sudoríparas. Confirmação diagnóstica em indivíduos com suspeita de Fibrose cística para aconselhamento genético em familiares de indivíduos com diagnóstico de Fibrose Cística. Recentemente o (American College of Obstretics) recomendaram este teste em casais que pretendam ter filhos, independente da história familiar.
É uma alteração genética muito comum em descendentes de Europeus e acomete principalmente a população caucasiana. A alteração clínica característica é a acúmulo gradual do ferro no intestino (duodeno e jejuno proximal), que evolui para lesão orgânica e morte. Complicações clínicas incluem cirrose do fígado, falência e arritmias cardíacas, doenças no pâncreas endócrino.
X – Fragil
A Síndrome do X Frágil é uma condição ligada ao cromossomo X e está associada à deficiência intelectual e a comportamentos semelhantes ao autismo.
Esta síndrome é causada por uma alteração genética no gene FMR1 localizado no braço longo do cromossomo X. Na região 5’ não traduzida deste gene, encontramos um número de repetições de trinucleotídeos CGG. No caso da Sindrome do X Frágil podemos observar a expansão destes trinucleotídeos CGG na região específica do gene FMR1. O produto deste gene é uma proteína chamada FMRP, essencial na formação e organização das sinapses e está presente em concentrações elevadas principalmente no cérebro e nos testículos. Quando o número de repetição dos trinucleotídeos for acima de 200 vezes, ocorre uma supressão na transcrição do gene FMR1, gerando uma deficiência genética da proteína FMRP denominada de Síndrome do X Frágil.
A classificação do número de repetições de trinucleotídeos CGG no gene FMR1 são determinadas como:
Indivíduos com mutação completa apresentam em sua maioria a Síndrome do X Frágil de forma clássica, caracterizada por retardo mental, traços de autismo e desafios emocionais e psiquiátricos.
Indivíduos do sexo masculino com mutação completa de FMR1 e alelos totalmente metilados, têm deficiência intelectual moderada e uma aparência característica. Mais de 90% dos homens com FMR1 mutado têm características autistas e até 60% dos critérios de diagnósticos para síndromes do espectro autista.
Nas mulheres, o impacto de mutações completas é tamponado pelo fenômeno de inativação de um dos cromossomos X, de tal forma que 30% a 50% terão a síndrome.
Os portadores de pré-mutações (55-200 CGG) são conhecidos pelo risco de apresentar insuficiência de ovário primário associado ao X Frágil, uma das principais causas de disfunção do ovário em mulheres; Síndrome de Tremor e Ataxia Frágil X que está principalmente associado ao Parkinson e demência em portadores do sexo masculino, com idade superior a 50.
FARMACOGENÉTICOS
Farmacogenética Neuro Depressão (FGNEDE)
Farmacogenética Neuro Epilepsia (FGNEEP)
Farmacogenética Ansiedade e Insônia (FGAI)
Farmacogenética do metabolismo (FGCYP):